sábado, 22 de agosto de 2009

parto parte IV
















Ele não chorava. E então a equipe da UTI que estava lá e entubou ele. Meu desespero era enorme. Eu repetia o tempo todo pra médica, pq ele não estava chorando. Ela disse que era normal, que tinha sofrido um pouquinho e por isso não chorou muito, mas que estava corado e logo ia ficar bem. A pediatra não falava comigo, via todos os procedimentos que eram feitos nele e não tinha nenhuma explicação. Estava meio grog, com medo, confusa...





E então levaram ele dali. O Leandro foi junto e eu fiquei lá para médica me costurar da episio.





Depois de uns 8 min, Leandro voltou. Sua cara vermelha de choro me desesperou. Perguntava pra ele o que tinha acontecido e ele não falava nada. Eu sabia que não estava tudo bem. Só queria poder olhar meu filho, encostar nele, mas todos os meu sonhos tinham se acabado naquele momento.





Fui direto pro quarto e foi aí que tive uma notícia maravilhosa. Era a pediatra da UTI perguntando se não queríamos descer pra vê-lo. Então meu coração se encheu de alegria e foi só a cadeira de rodas chegar e fomos pra lá.





Não tenho como descrever a emoção de ver meu filho pela primeira vez. Encostar nele, fazer um carinho, mesmo com ele daquele jeito. A médica disse que ele estava reagindo muito bem que logo iria sair do respirador. Já eram 3 e 30 da manhã. Fomos pro quarto descansar. Tenho que confessar que não dormi naquela noite. Queria entender o que tinha acontecido, o que tinha dado errado.





6 horas da manhã eu liguei pra UTI e ele ja tinha estubado e estava MUITO BEM, mas a visita era só as 10 horas da manhã.





Tomei meu banho sozinha, me arrumei e estava prontinha pra ver meu bebe. Ele ja estava sem os óculos e sem o tubo. Estava apenas com a sondinha de alimentação.





Perguntei quando iria pega-lo nos meu braços e a enfermeira respondeu: -Que tal agora?? Ele estava com alguns machucados na cabeça por causa de forcepex e a enfermeira disse que sentia um pouco de dor e quando ela boteu ele nos meus braços ele estava chorando.





Então cantei pra ele uma música que cantava sempre qdo ele tava na barriga. Na hora ele parou de chorar, abriu os olhos e ficou me olhando . Foi nessa hora que nasceu a Thaty mãe. A mãe do Enzo. E então tudo que tinha acontecido não me importava mais, pois alí estava eu, com meu filho nos braços.





No mesmo dia ele mamou no meu peito e no dia seguinte já tivemos alta.





E desde então estou nas nuvens. Com um bebê sonho, que só chora de cólica e dorme a noite toda, só acrodando pra mamar.

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